quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Plano de aula estágio supervisionado-EF

  

 

PLANEJAMENTO EDUCACIONAL EM ARTES VISUAIS

UFRGS – Porto Alegre – RS
 Aluna: ELIANA Teresinha de Vargas Martins– Polo Porto Alegre I 00178541
                        Professora: Andrea Hofstaetter
Eliana T.de Vargas Martins
Disciplina: Educação Artística (Artes)
Turma: 7ª série- turma 71
Carga Horária: 8h/a
Duração: 04 encontros de 02 Períodos
JUSTIFICATIVA
A proposta que segue tem como objeto de estudo parte da obra de Iberê Camargo, importante artista brasileiro do século XX, reconhecido internacionalmente. O foco da unidade é o conjunto de seus trabalhos, que têm como figura central ciclistas. Esta figura tomou corpo nos anos 80, depois da volta a Porto Alegre, a partir de encontros com ciclistas no Parque da Redenção. A respeito da temática, escreveu: Sou um andante. Carrego comigo o fardo do meu passado. Minha bagagem são os meus sonhos. Como meus ciclistas, cruzo desertos e busco horizontes que recuam e se apagam nas brumas da incerteza (IBERÊ CAMARGO: Uma vida mescla às tintas, s/d, p.25).
Durante a atividade, os alunos realizarão produções artísticas na linguagem visual, além de analisar, refletir sobre o processo produtivo e compreendê-lo, com seus próprios instrumentos de ordem material e ideal, como manifestação sociocultural e contextualizada historicamente (PCN: ENSINO MÉDIO, Parte II, 2000).

 


OBJETIVOS
 Ao final da unidade, os alunos terão vivenciado oportunidades de desenvolver as competências de:
 A. Identificar a expressividade na pintura, a partir da obra de Iberê Camargo.
B. Utilizar a linguagem visual como forma de expressão subjetiva e escrever sobre seu processo de produção e reflexão.
 C. Encontrar meios de transformar o conteúdo de uma imagem em forma expressiva, subjetivamente.
Para atingir as competências acima enumeradas, será necessário:
A. Identificar a carga de expressividade em certo tipo de pintura.
B. Reconhecer formas de utilização da pintura em que aparece a expressividade do artista.
C. Refletir sobre a relação entre a forma de pintar e a sensação que ela desperta no observador.
D. Produzir imagens de caráter expressivo, que apresentam aspectos subjetivos.

METODOLOGIA
· Aula expositiva e dialogada com ppt.
· Desenvolvimento da sensibilidade através das obras observadas.
·Apreciação das obras e fruição estética durante visita guiada na Fundação Iberê Camargo
·Abordagem da arte e do gênero Expressionista.
·Contextualização da obra com nosso cotidiano.
As aulas deverão ser expositivas dialogadas fazendo uso e referência de imagens, valorizando a bagagem e a leitura de mundo do aluno, estimulando sua participação e evolução neste processo: ler, escrever e contextualizar.
 
CONTEÚDO
·A obra do artista gaúcho Iberê Camargo, com enfoque principal na fase dos ciclistas.
·Elementos da linguagem visual.
·Tendência expressionista nas artes visuais.
RECURSOS
· Material necessário: Projetor de imagens; Reproduções das obras a serem apresentadas, imagens de revista, tintas diversas (têmpera, plástica, acrílica), pincéis, papel pardo ou papelão de tamanho grande, local adequado para pintar, fita crepe ou semelhante, caderno, potes para água, panos para limpeza, jornais velhos, folhas A3 e giz de cera.
·Serão utilizados: Projetor de imagens, sala de informática.
·Câmera digital, pois todas as aulas serão registradas para a criação do portfólio.
 
AVALIAÇÃO
 Avaliação continuada: participação e envolvimento na proposta, diariamente, na realização dos trabalhos e na execução dos mesmos.
 
CRONOGRAMA
12/10/2011
1ª aula: 02 períodos
19/10/2011
2ª aula 02 períodos
26/10/2011
3ª aula 02 períodos
01/11/2011
4ª aula: 02 períodos
 
Aula 1
· Aula expositiva sobre ao artista Iberê;
· Apresentação das principais obras do artista;
·Analisar as cores e o estilo do artista
·Debater e fazer anotações do que chamou sua atenção em relação ao trabalho do artista.
 Para casa pesquisar algumas curiosidades sobre o artista que possam ser multiplicadas na próxima aula, com o grande grupo e trazer uma imagem para relacionar (pode ser de uma bicicleta e/ou um ciclista).
Aula 2
· Retomar a aula anterior e relatar a conclusão das pesquisas.
·Bicicletas: A aula visa construir a leitura de imagens, tanto do cotidiano como de pinturas de Iberê Camargo. Apresenta uma reflexão sobre os aspectos expressivos da pintura e sobre seu próprio valor como linguagem, possibilitando identificar a expressividade no tipo de pintura do artista, reconhecer formas e refletir sobre a sensação que ela desperta no observador.
Atividade em grupo áulico:
Expor as imagens trazidas e pedir aos alunos que comentem sobre as sensações que as imagens produzem: sentimentos, emoções despertadas. Anote no quadro algumas palavras que forem relatadas.
A seguir, mostro uma ampliação de o Ciclista, 1988, óleo s/ tela, 200 x 236 cm.


Peço que observem e escrevam, individualmente, algumas palavras associadas à imagem.
Retomar a discussão em grande grupo.
Anotar no quadro as palavras deles, ao lado das anteriores.
 Ler a fala de Iberê, Poética pessoal:
Mas como eu acho que minha pintura tem uma identidade pessoal, se eu fizer uma figura, se eu fizer um cubo, se eu fizer um carretel, se eu fizer uma mancha: tudo sou eu. (Iberê Camargo, encarte do DVD “Iberê Camargo: Matéria de Memória”, da DVDteca Arte na Escola.  
Apresento outras obras à turma:
 Ciclista (1990)

Ciclista, 1990, óleo sobre tela, 200 x 155 cm, col. Maria Coussirat Camargo | Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre.
 Ciclistas (1989)


Ciclistas, 1989, óleo sobre tela, 180 x 213 cm, col. Maria Coussirat Camargo | Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre.

 Relacionar o exercício à fala do artista: O quanto a obra tem do artista.

  Visita orientada à Fundação Iberê Camargo Dia 25/10/2011
  

Aula 3
Retomar a aula anterior apresentando os seguintes questionamentos para que os alunos escrevam:
·Você já conhecia a Fundação Iberê Camargo ou algum Museu?
·A ideia que você tinha sobre Museu veio ao encontro do que você viu na Fundação Iberê Camargo?
·O que você entendeu pela expressão “processo poético”?
· Que características atribuis a Poética de Iberê Camargo?
·A partir das cores e das formas que tomaram as obras de Iberê poderíamos identificar como era seu tempo?
Atividade prática: Releitura
Cada grupo irá escolher um dos ciclistas para realizar a releitura individual: cada aluno recebe uma folha e prende sobre a mesa com fita crepe. Observe um dos ciclistas e faça uma releitura utilizando tinta guache, pincel e folhas A3.
Para a execução procure usar expressão própria: seu tipo de pincelada, testar as cores, maior ou menor quantidade de tinta, seu modo de perceber, fazer e sentir através de suas vivências. O trabalho pode ser mais realista ou mais abstrato, mas que demonstre uma ideia visual.
Atividade para pesquisarem para próxima aula:
Pesquisar, em grupos, artistas e obras que se destacaram no Expressionismo, gravar um vídeo de dois minutos para realizarmos uma instalação.
Aula 4
Construir o portfólio digital no laboratório de informática onde as atividades serão colocadas.
Organizar uma instalação dos trabalhos: vídeos e slides produzidos até então.
Avaliação:
Realizar, uma auto avaliação com os alunos sobre a participação e questionar se os objetivos fora alcançados.


Referências Bibliográficas:
Cadernos Lições do Rio Grande, Ensino Fundamental e E. Médio.




  

domingo, 18 de setembro de 2011

http://rodinunez.blogspot.com/
http://associacaochicolisboa.blogspot.com/2011/08/rodi-nunez-objetos-de-desejo-atelier.html

Atividade 03 linguagem tridimensional



Laboratório de Linguagem Tridimensional
Professor Rodrigo Nuñez
Eliana T. de V. Martins
Argila que vem do pó assim como a vida... do coração que pulsa e se transforma lentamente num órgão vital representado aqui através da Pirâmide.
 ARGILA – Certas terras e rochas pulverizadas formam, quando combinadas com água, uma pasta suficientemente homogênea – com plasticidade – passível de ser modelada/moldada, que endurecem ao passo em que vão secando – peças verdes – e que transformam em cerâmica através da ação do fogo. Silicato de alumínio hidratado A argila resulta da decomposição dos feldspatos. Da decomposição que nas mãos quentes ganham vida nova, que se renova que produz leituras, interpretações e poéticas, significados e plurissignificações.
Sob o som: “Daqui não vejo as pirâmides” de Guilherme Granado, me transporto para um mundo desacelerado e com a leveza de um pássaro a transformo num elefante forte, capaz de encantar todos com sensibilidade de um pequeno arquiteto.
Sólido geométrico que serviu de modelo aos egípcios e outros povos para que construíssem monumentos.
No primitivo folclore europeu, a pirâmide significa a Terra em seu aspecto maternal.
Seria por acaso que as arvores de natal tem uma forma piramidal? Ou significariam a vida e a morte, ou seja, a Terra, novamente ambas associadas à imortalidade...
Para os orientais a pirâmide de pedra com suas formas geométricas, significa o fogo, o masculino.
Para cada cultura uma poética diferente, mas com um significado infinitamente indescritível.
Segundo Marc Saunier a pirâmide é uma síntese de diferentes formas, cada uma delas com uma significação própria. A base da pirâmide é quadrada, e representa a terra (os quatro elementos da natureza). O ápice é o "ponto final" e "ponto inicial" de todas as coisas, o "centro místico", a divindade. Estabelecendo a ligação entre a base e o ápice está às faces triangulares da pirâmide, simbolizando o fogo como revelação divina e como princípio da criação. Consequentemente, a pirâmide é interpretada como um símbolo que expressa à totalidade do trabalho da criação em seus três aspectos essenciais.
Encerro o trabalho, mas não a poética... Pois nas palavras de um poeta e nas entrelinhas do poema tudo parece estar entre quatro paredes sem teto!
Poema Mi Mundo Es Pirámide de Dylan Thomas

Mitad del padre camarada
cuando imita al Adán que el mar sorbiera
en su casco vacío,
Mitad de la madre camarada
cuando salpica con su leche lasciva
la zambullida del mañana,
las sombras bifurcadas por el hueso del trueno
saltan hacia la sal que no ha nacido.

La mitad camarada era de hielo
cuando una primavera corrosiva
brotaba en la cosecha del glaciar.
la sombra y la simiente camarada
murmuraban el vaivén de la leche
encrespado en el pecho,
pues la mitad del amor era sembrada en el fantasma
estéril y perdido.

Las mitades dispersas se han vuelto camaradas
en un ente lisiado
la muleta que la médula golpea sobre el sueño
renguea en la calle del mar, entre la turba
de cabezas con lengua de marea y vejigas al fondo
y empala a los durmientes en la tumba salvaje
donde ríe el vampiro.

Las mitades zurcidas se partían huyendo
por el bosque de los cerdos salvajes y la baba en los árboles,
sorbiendo las tinieblas sobre el cianuro se abrazaban
y desataban víboras prendidas en su pelo;
las mitades que giran perforan como cuernos
al ángel arterial.

¿De qué color es la gloria? ¿La pluma de la muerte?
tiemblan esas mitades que taladran el ojo de la aguja en el aire
y a través del dedal horadan el espacio, manchado de pulgares.
El fantasma es un mudo que farfullaba entre la paja,
el fantasma que tramaba el saqueo en su vuelo
enceguece sus ojos rastreadores de nubes.

II
Mi mundo es pirámide. La sigilosa máscara
llora sobre el ocre desierto y el verano
agresivo de sal.
Con mi armadura egipcia fundiéndose en su sábana
araño la resina hasta un hueso estrellado
y un falso sol de sangre.

Mi mundo es un ciprés y un valle de Inglaterra
yo remiendo mi carne que retumbó en los patios
roja por la salva de Austria.
Oigo a través del tambor de los muertos, que mutilados jóvenes
mientras siembran sus vísceras desde un cerro de huesos
gritan Eloi a los cañones.

El cruce del Jordán arrasa mi sepulcro.
El casquete del Ártico y la hoya del sur
  invaden mi jardín de casa muerta.
El que me busca lejos señalando en mi boca
las pajas de Asia me pierde cuando doblo
por el maíz atlántico.

Las mitades amigas, partidas mientras giran
en redes de mareas, se enredan a las valvas
y hacen crecer la barba del diablo no nacido,
sangran desde mi horquilla ardiente y huelen mis talones
las lenguas celestiales murmuran mientras yo me deslizo
atando la capucha de mi ángel.

¿Quién sopla la pluma de la muerte? ¿De qué gloria es el color?
en la vena yo soplo esta pluma lanuda
es el lomo la gloria en una laboriosa palidez.
Mi arcilla ignora el pecho y mi sal no ha nacido,
niño secreto, yo vago por el mar
en seco, sobre el muslo a medias derrotado.

Versión de Elizabeth Azcona Cranwell

Referências Bibliográficas:
http://www.portorossi.art.br/web%20glossario.html

Linguagem tridimensional 02

Professor Rodrigo Nuñez

Laboratório de linguagem tridimensional

Atividade um: Pesquisa online

http://www.ceramart.arte.nom.br/ceramica.htm



domingo, 24 de julho de 2011

Entre Memórias e Histórias- Reflexões

2ª Pílula

O Ensinar arte parte do desenvolvimento da sensibilidade, da compreensão do momento histórico em que esta foi construída, da criticidade e para isso ocorrer é preciso que o conhecimento de Arte, segundo o DBAE que valoriza o conjunto de elementos que vão desde a produção artística, as circunstâncias socioculturais à análise da mesma.
Ana Mae Barbosa fez uma “interpretação” da teoria DBAE, a partir de sua visão de Brasil. Onde “antropofagia” consome o DBAE e constrói a Proposta Triangular que trabalha em três ‘eixos’: o fazer artístico, a leitura da obra de arte e o contexto histórico. Essa adaptação foi necessária, pois nosso país necessitava reabilitar-se em arte educação, num momento novo que vivia historicamente.

No Brasil, somos facilmente ludibriados, daí a necessidade de Ana Mae realizar a Proposta Triangular. “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”.

O DBAE (Disciplined Based Art Education) é baseado nas disciplinas: estética-história-crítica e numa ação, o fazer artístico. Foi o mais evasivo dos sistemas contemporâneos de arte/educação e vem influenciando toda a Ásia.
No Brasil, segundo Ana Mae, a ideia de Antropofagia cultural nos fez analisar vários sistemas e ressistematizar o nosso, que é baseado não em disciplinas, mas em ações; fazer-ler-contextualizar. Portanto, a Proposta Triangular e o DBAE são interpretações diferentes no máximo paralelas do pós-modernismo na arte/educação.
A Proposta Triangular é a manifestação pós-moderna brasileira, respondendo às nossas necessidades principalmente a de ler o mundo criticamente, pois a educação está em todos os lugares e na escola deve ir além dos muros.
Como em todas as propostas, há distorções ou interpretações equivocadas: gerando e degenerando, dependendo também do método ou linha, escolhida. Por isso não devemos toma-la como receita pronta e acabada, seria enfiar os pés pelas mãos e fugir totalmente do foco, neste caso o objetivo da Proposta Triangular. E mesmo quando atuamos com a melhor das intenções devemos trabalhar interdisciplinarmente, pois isso nos ajuda a evitar pequenas distorções através da participação e troca com o outro. Para isso se faz necessário também estarmos em constante atualização, com formações continuadas e através da multiplicação de saberes e experiências.

”O ponto fraco da educação está nos seus agentes, pois, com consciência ou não, reproduzem ideologias que atendem a grupos isolados da sociedade”. BRANDÃO, Carlos R, 1995.

Desde os tempos mais remotos os “quatro cantos do mundo” procuram ter a educação que atenda seus princípios e seus interesses, mas isto não quer dizer que a cultura é estática e nem que os interesses atendidos são os ideais, por isso a pesquisa ação deve ser constante priorizando a inclusão observando que a sociedade tem identidade própria, (na maioria das vezes) e os atores precisam participar principalmente na apropriação e na interação dos resultados.

No Brasil, apesar dos equívocos em relação a políticas educacionais, ao longo da história, pesquisadores, artistas, professores e diretores de escolas públicas, privadas e organizações não governamentais insistem em mediar projetos inclusivos e socialmente eficientes que mais tarde vão sendo reconhecidos e fortalecem de alguma maneira, as reformas educacionais, para que os órgãos responsáveis se sintam na obrigação de rever suas políticas. Ainda estamos muito distante de uma educação justa, pois há muita especulação e exploração, e na arte não é diferente. Este foi um ponto muito satisfatório bem enfatizado por Ana Mae.

Também considero positivo o enfoque dado por parte de Ana Mae ao fato de crianças e adolescentes ter acesso aos ateliês do MAC, do Centro Cultural de São Paulo e pela Pinacoteca/SP, o os aproxima do “mundo das artes”.

Já de negativo, entre outras questões a de algumas instituições de arte permanecer preparando monitores e roteiros para receber e direcionar o olhar dos visitantes, podando e subestimando o potencial de cada um em realizar sua leitura, construir significados e desenvolver a criticidade.

Hoje a sociedade capitalista sobrevive do marketing o que a torna bastante sensível em relação à nova onda escravocrata que se desenvolve a luz do consumismo. Há o perigo da camuflagem onde terceiros se apropriam do trabalho de artistas que não conseguiram sair do anonimato e também a falta de reconhecimento de talentos artísticos por não atender padrões ditados por uma minoria.

Uma das questões negativas no Brasil, que já é de praxe ocorreu na construção dos PCNs, importando máquina humana e menosprezando os potenciais brasileiros.

Positivo mesmo foi e tem sido o incansável trabalho de Ana Mae, principalmente a partir de 1989, quando no MAC-USP, organizou o simpósio sobre o ensino de arte e sua história, várias gramáticas e múltiplos sistemas de interpretação que vale a pena as crianças aprenderem, onde é enfatizado o conteúdo da arte e principalmente a luta pela inclusão da arte no currículo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Plano de aula com relato

PLANO DE AULA

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Instituto Estadual Nossa Senhora do Carmo

DOCENTE: Eliana Teresinha de Vargas Martins

TURMA: 6ª SÉRIE (62) sala 09

TEMA:

Pop Arte como proposta de situação de aprendizagem no contexto contemporâneo

JUSTIFICATIVA:

Tendo em vista as características da turma (diversidade, conflito e agitação) observadas, e a partir das contribuições que este curso vem proporcionando, pensei em trabalhar a Pop Arte, pois para uma turma de 7º ano (6ª série) do Instituto Estadual Nossa Senhora do Carmo, com idade entre 11 e 15 anos com 39 alunos, terei como objetivos aproximá-los da arte; motivá-los e construir conhecimento. Eles precisam saber que eles podem!

OBJETIVOS:

Apresentar algumas obras da artista Andy Warhol ( EUA), Wesley Duke Lee (Br).

Apreciação e leitura das imagens para a formação do conhecimento;

Aproximar a arte contemporânea dos alunos através dos vídeos disponíveis em: http://www.youtube.com/watch?v=CjRvDLJtAKQ&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=qcZseTObbFU

Proporcionar experiências significativas em arte a partir da sensibilidade e da contextualização;

Despertar a criatividade demonstrada a partir de releituras, valorizando-as;

Incentivar os alunos a desenhar, pintar e colar utilizando materiais alternativos (reaproveitamento de diversos tipos de materiais).

Desenvolver o conceito de composição e da importância da divulgação dos trabalhos.

DESENVOLVIMENTO:

1ª aula de 50’: Apresentar aos alunos as obras dos artistas Andy Warhol e Wesley Duke Lee, conversar um pouco sobre o seu processo criativo, sobre os materiais que utilizavam e o significado que atribuíam a arte pop como bem como o período de 1964, no Brasil, período da Ditadura Militar, possibilitando ao aluno o envolvimento na arte participativa ao convidar o “observador” a “brincar”, produzir, manipulando, dialogando e descobrindo possibilidades de linguagens, signos e formas, para os trabalhos. Explicar a origem inglesa da Pop Art, e que muitos outros artistas fizeram parte deste movimento.

2ª aula de 110’: Apresentação do vídeo documentário e debate sobre o contexto da Pop Art; Discussão sobre a produção da próxima aula e material necessário.

3ª aula 110’Com material reciclado e reciclável com todos os tipos de papéis, botões, lã, algodão, revistas, jornais, grãos, fitas, plásticos, solicitados previamente, organizados em grupos para que possam discutir possibilidades. Distribuir papel pardo de boa qualidade, no tamanho desejado pelos alunos para a produção.

Após a conclusão dos trabalhos faremos um seminário onde falaremos um pouco do seu processo criativo e se os objetivos foram alcançados.

Fotografaremos os resultados e com a autorização das imagens publicaremos a s fotos no blog dos agentes jovens da escola para a confecção de um livro das obras produzidas que serão expostos na feira do livro da escola. (Trabalhos posteriores construídos serão aceitos após combinação com o professor titular para a conclusão do livro, servindo também como valorização da produção dos alunos).

AVALIAÇÃO: É importante observar e acompanhar:

* o envolvimento dos alunos nas propostas individual e coletiva, (e para isso eles devem estar cientes);

* construir propondo a troca de experiências, de materiais, o debate e a produção;

* a auto avaliação como instrumentos de avaliação da prática artística, o professor deve fazer intervenções quando necessário, se necessário;

* será observando todo o processo de criação e finalização dos trabalhos;

*Será considerado satisfatório o cumprimento dos itens mencionados, caso algum aluno tenha um desempenho mais lento o grupo o auxilia neste resgate.

Referências:

http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=13437

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=959

HERNANDEZ, Fernando. A Avaliação na Educação Artística- capítulo 7, disponível no ambiente.

PILLAR, Analice Dutra. Desenho e construção de conhecimento na criança. Porto Alegre, Artmed, 1996, disponível no ambiente.

Relato:

Foram momentos bastante significativos, pois entrei na sala de aula como se fosse a primeira vez, sabia que tinha um desafio, pois a turma tem características bem distintas. Mas talvez isso me encorajasse. O fato de propor algo onde eles se sentissem parte, e pudessem construir. No momento em que começamos a conversar, havia se encerrado a aula de ciências e foi a partir daí que comecei a elogiar seus trabalhos e conversar sobre o que eu pretendia. Lá na aula de ciências eles falavam sobre os estados físicos da água, aproveitei e falei dos tipos de tintas que usamos em artes, da aquarela, da importância da água, e fomos logo explanando nossos objetivos para as aulas, onde nós ao final iríamos avaliar se conseguimos alcançar. Falar em avaliação já dá para imaginar o tumulto.

Considero que foi muito gratificante e que realmente onde pensamos em planejar aula para uma diversidade as coisas fluem, mas se pensarmos que eu preparei uma aula maravilhosa e que a turma é toda igual terá dificuldades em aplicar meu plano. O planejamento deve ser pensado com o grupo, a partir desse grupo. O potencial existe independente das características do grupo, só precisam ser oportunizados. A observação conta muito, nesse processo.

A auto avaliação é um momento mágico onde eles analisam o colega relembram de alguma coisa do tipo:

-lembra, eu te emprestei material?

-eu te auxiliei enquanto a cola secava, depois fui fazer o meu trabalho...

-Você... Fulano, não fez o trabalho na primeira aula então só depois que viu nós fazendo é que começou e ficou legal, o teu ficou melhor...

Bem, estar em sala de aula nos engrandece nos mantém atualizado e em constante processo de lapidação